Post by Joker on Nov 19, 2008 4:16:03 GMT -3
Bom, tudo bem que não chega ser uma "regra" escrita, mas é mais utilizada por nós! Então aqui vai uma materia sobre dicar de Interpretação que achei, para quem nunca conseguiu muito bem focar no lado "sentimental" do person!
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" Uma das coisas divertidas em se jogar RPG é interpretar uma outra pessoa, pensar como ela pensaria, agir como ela agiria. No jargão dos atores, você passa a “entrar (ui) no personagem”. Conforme a campanha avança, a sua ficha de personagem começa a ganhar volume, não apenas com mais poderes ou atributos maiores mas também passa, através das seções, a ter uma história, ter um passado. Entretanto, é raro que um personagem possua personalidade e que pense nela na hora de agir.
Porque ainda somos nós que estamos rolando os dados, e a vontade de vencer se sobrepõe à contação da história. Isso não é efetivamente errado, claro. É muito dificil estragar tudo no finzinho da aventura apenas para respeitar a forma como o personagem pensaria, e não o que o jogador está pensando. Os RPGistas mais tarimbados que gostam de termos técnicos chamam essa prática de meta-jogo. Simplificando: você por estar vendo a situação de fora utiliza-se de conhecimentos e reações que o personagem, se seguisse o que lhe foi determinado inicialmente, não faria ou teria jamais. Sabe aquilo de um ladino de 16 anos que encontra seu primeiro zumbi gritar pro clérigo “Morto Vivo? Cura ele que causa dano” ou “acerta na cabeça! Headshot”
O mais engraçado é que geralmente isso não é intencional. Em uma aventura de Naruto que estou jogando atualmente, por exemplo, minha personagem - uma garota “comum” de inteligência mediana e meros 12 anos - bolou uma estratégia de ataque tão complexa e cheia de nuances que até eu fiquei perdido. Obviamente, uma menina dessa idade não pensaria em metade do que foi traçado por simplesmente não ter toda essa visão de tática, não ter uma visão topográfica do terreno, não saber de que lado o mestre vai mandar o inimigo… e principalmente por nunca ter vivido nada naquele sentido antes.
Dúvida desta linha de raciocínio? Pense em como era difícil calcular equações de primeiro grau na quinta série. Pense em como tudo é muito mais simples e faz muito mais sentido para você, hoje (se você largou a escola naquele ano, talvez ainda seja bem confuso). Pegou a idéia? Mas então, como escapar disso? Como evitar que os seus conhecimentos sobrepujem os do personagem, e que você consiga prever melhor a forma como ele reage, e não como você o faria?
Opção 01 - Hei, eu faria isso!
A mais simples. Apenas faça um personagem que possui uma linha de raciocínio semelhante a sua. Em outros termos, você estaria interpretanto a si próprio naquela situação. No Pain, No Gain. Infelizmente, isso torna as coisas um pouco chatas conforme mais e mais aventuras ocorram. Se você vai jogar o RPG para vivenciar coisas que não fará nunca na vida real, o que pode ser mais sacal do que interpretar a si próprio?
Opção 02 - Vegeta agiria assim.
Nosso amigo Inominável Mago D’zilla sugeriu esta uns tempos atrás. Pense em algum personagem que você gosta e conheça de forma razoável para se tornar a base de personalidade do seu personagem. Se Vegeta jamais aceitará a ajuda de Goku e seu personagem também possui certa animosidade em relação a outro personagem jogador, faça o mesmo. Negue ajuda, enfrente-o o tempo todo, não perca uma oportunidade de dizer o quanto você é melhor… Pegou a idéia?
Opção 03 - Faça Anotações
Tudo bem, personagem novo, aventura rolando. Em determinado momento seu personagem foi abordado por um ladrão. Como você reagiu? Socou o infeliz, correu, chamou o bandido pra tomar uma cerva… De uma forma geral, nós reagimos de forma semelhante à situações parecidas. Essa será então a forma como seu personagem irá agir a partir dali. Anote em algum lugar na ficha este tipo de situação com poucas linhas (algo como “Se for ameaçado, fugir” ou “Se tudo der errado, chore. Mimimi”
Opção 04 - Teimoso feito uma mula
Descreva alguns pormenores da personalidade de seu personagem e as siga, mesmo que isto custe toda a aventura. Adote uma palavra de ordem que o define em termos gerais. Ele é Honesto? Então jamais aceitará propina, mesmo que seja esta a única forma de se safar de alguma situação muito ruim. Avarento? Então não irá comprar aquela espada mágica +5, mesmo que o jogador esteja louco pra ter uma (a minha velha espada que catei dum orc morto ainda está tão boa!).
Opção 05 - Nenhuma das Anteriores
Você obviamente pode jogar com o botão de Meta-Jogo em On. Teve uma boa sacada, que vai render uma cena legal? Para as favas como o personagem agiria. Mande ver na mesa e lembre dela para o resto de sua vida, reconte para seus amigos na mesa do bar, chore de emoção ao relembrar dos momentos épicos. Como alguém já disse alguma vez, não existe jeito errado de se divertir. Se a sua mesa funciona assim, ótimo. Como descobrimos nos últimos dias, em time que está ganhando não se mexe. "
(( Matéria originalmente publicada em: www.inominattus.com/?p=301 ))
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" Uma das coisas divertidas em se jogar RPG é interpretar uma outra pessoa, pensar como ela pensaria, agir como ela agiria. No jargão dos atores, você passa a “entrar (ui) no personagem”. Conforme a campanha avança, a sua ficha de personagem começa a ganhar volume, não apenas com mais poderes ou atributos maiores mas também passa, através das seções, a ter uma história, ter um passado. Entretanto, é raro que um personagem possua personalidade e que pense nela na hora de agir.
Porque ainda somos nós que estamos rolando os dados, e a vontade de vencer se sobrepõe à contação da história. Isso não é efetivamente errado, claro. É muito dificil estragar tudo no finzinho da aventura apenas para respeitar a forma como o personagem pensaria, e não o que o jogador está pensando. Os RPGistas mais tarimbados que gostam de termos técnicos chamam essa prática de meta-jogo. Simplificando: você por estar vendo a situação de fora utiliza-se de conhecimentos e reações que o personagem, se seguisse o que lhe foi determinado inicialmente, não faria ou teria jamais. Sabe aquilo de um ladino de 16 anos que encontra seu primeiro zumbi gritar pro clérigo “Morto Vivo? Cura ele que causa dano” ou “acerta na cabeça! Headshot”
O mais engraçado é que geralmente isso não é intencional. Em uma aventura de Naruto que estou jogando atualmente, por exemplo, minha personagem - uma garota “comum” de inteligência mediana e meros 12 anos - bolou uma estratégia de ataque tão complexa e cheia de nuances que até eu fiquei perdido. Obviamente, uma menina dessa idade não pensaria em metade do que foi traçado por simplesmente não ter toda essa visão de tática, não ter uma visão topográfica do terreno, não saber de que lado o mestre vai mandar o inimigo… e principalmente por nunca ter vivido nada naquele sentido antes.
Dúvida desta linha de raciocínio? Pense em como era difícil calcular equações de primeiro grau na quinta série. Pense em como tudo é muito mais simples e faz muito mais sentido para você, hoje (se você largou a escola naquele ano, talvez ainda seja bem confuso). Pegou a idéia? Mas então, como escapar disso? Como evitar que os seus conhecimentos sobrepujem os do personagem, e que você consiga prever melhor a forma como ele reage, e não como você o faria?
Opção 01 - Hei, eu faria isso!
A mais simples. Apenas faça um personagem que possui uma linha de raciocínio semelhante a sua. Em outros termos, você estaria interpretanto a si próprio naquela situação. No Pain, No Gain. Infelizmente, isso torna as coisas um pouco chatas conforme mais e mais aventuras ocorram. Se você vai jogar o RPG para vivenciar coisas que não fará nunca na vida real, o que pode ser mais sacal do que interpretar a si próprio?
Opção 02 - Vegeta agiria assim.
Nosso amigo Inominável Mago D’zilla sugeriu esta uns tempos atrás. Pense em algum personagem que você gosta e conheça de forma razoável para se tornar a base de personalidade do seu personagem. Se Vegeta jamais aceitará a ajuda de Goku e seu personagem também possui certa animosidade em relação a outro personagem jogador, faça o mesmo. Negue ajuda, enfrente-o o tempo todo, não perca uma oportunidade de dizer o quanto você é melhor… Pegou a idéia?
Opção 03 - Faça Anotações
Tudo bem, personagem novo, aventura rolando. Em determinado momento seu personagem foi abordado por um ladrão. Como você reagiu? Socou o infeliz, correu, chamou o bandido pra tomar uma cerva… De uma forma geral, nós reagimos de forma semelhante à situações parecidas. Essa será então a forma como seu personagem irá agir a partir dali. Anote em algum lugar na ficha este tipo de situação com poucas linhas (algo como “Se for ameaçado, fugir” ou “Se tudo der errado, chore. Mimimi”
Opção 04 - Teimoso feito uma mula
Descreva alguns pormenores da personalidade de seu personagem e as siga, mesmo que isto custe toda a aventura. Adote uma palavra de ordem que o define em termos gerais. Ele é Honesto? Então jamais aceitará propina, mesmo que seja esta a única forma de se safar de alguma situação muito ruim. Avarento? Então não irá comprar aquela espada mágica +5, mesmo que o jogador esteja louco pra ter uma (a minha velha espada que catei dum orc morto ainda está tão boa!).
Opção 05 - Nenhuma das Anteriores
Você obviamente pode jogar com o botão de Meta-Jogo em On. Teve uma boa sacada, que vai render uma cena legal? Para as favas como o personagem agiria. Mande ver na mesa e lembre dela para o resto de sua vida, reconte para seus amigos na mesa do bar, chore de emoção ao relembrar dos momentos épicos. Como alguém já disse alguma vez, não existe jeito errado de se divertir. Se a sua mesa funciona assim, ótimo. Como descobrimos nos últimos dias, em time que está ganhando não se mexe. "
(( Matéria originalmente publicada em: www.inominattus.com/?p=301 ))